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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

HIPÓTESES



Vamos refletir um pouco sobre os processos de construção do conhecimento científico. Ao procurar entender o que é processo, podemos visualizar uma estrada. O ato de caminhar, procurando um objetivo pode dar uma ideia do que seja este “processo”.
Agregação de conhecimentos de descobertas à determinada ciência pode ser comparada a uma viajem. Por exemplo à viagem executada por Cristóvão Colombo ao Ocidente.
Inicialmente, sob a ideia de que a Terra seria redonda, Colombo imaginou que poderia atingir as Índias por caminhos não convencionais, ou seja pensou que poderia contornar o mundo pelo Ocidente. Isso era uma boa hipótese. Tinha todas as características da lógica, mas o genovês não sabia da existência de um continente, que hoje chamamos de América, interposto em seu caminho.
De fato, Colombo não obteve o resultado esperado. Não atingiu as Índias pelo caminho escolhido, mas obteve um não menos importante resultado. Bem verdade que um resultado imprevisto, mas muito significativo para a evolução da Humanidade.
Esse é um exemplo que ilustra algumas características da pesquisa científica.
Inicialmente formula-se uma hipótese, imagina-se uma lei. Vamos supor uma lei natural, no caso das ciências da Natureza. Depois busca-se confirmar a hipótese, por meio de observação dos fatos, de experiências, de coleta de dados, de análises estatísticas, da construção de teorias e de novas observações e experiências para convalidar as teorias.
Pode-se dizer que a formulação da hipótese, em muitos casos é parte importante na orientação da pesquisa.
O que, porém, motiva a criação da hipótese, o que influencia essa formulação? Um sentimento intuitivo de leis e fatos ainda desconhecidos? Uma consequência lógica de fatos observados? Uma extensão lógica de teorias bem sucedidas no próprio ramo científico explorado ou em ramos correlatos?
Adicionalmente, a intuição desempenha um papel importante na criação e na escolha de uma dentre várias hipóteses alternativas.
Haveria hipóteses melhores do que outras, no caso de hipóteses alternativas? Poderia o pré-conceito do cientista prejudicar a escolha de uma boa hipótese?
São conhecidos casos interessantes de hipóteses bem sucedidas. Dimitri Ivanovich Mendelev, por exemplo, percebeu que as propriedades dos elementos apresentavam uma periodicidade, com o número atômico. Observou que hipotéticos elementos com números atômicos faltantes entre os elementos conhecidos, deveriam ter tal cor, tal densidade, tais propriedades. No site da Usp existe um artigo com a tabela abaixo que ilustra o sucesso surpreendente da hipótese mendeleviana:


Créditos da tabela: Dra.Renata M.S.Celeghini - http://cdcc.sc.usp.br/quimica/galeria/mendeleev.html
Outro exemplo de hipótese bem sucedida é a que levou Giordano Bruno ao afirmar que existem outros sistemas solares, há mais de trezentos anos antes de os telescópios modernos haverem identificado exoplanetas.
Parece que a filosofia, a visão de mundo que os cientistas possuem pode influenciar na formulação e na adoção de hipóteses melhores ou piores e assim levar ao maior ou menor sucesso em seus empreendimentos. Talvez até possa poupar muito trabalho. 
Hipóteses incompletas, lacunosas, podem determinar muito trabalho na busca da verdade ou na obtenção de invenções. Sabe-se qual o tamanho do trabalho que teve o inventor da lâmpada elétrica, por não haver percebido a necessidade de produzir vácuo no interior do bulbo de vidro para evitar a queima do filamento elétrico incandescente. 
Outro exemplo impedidivo de sucesso tecnológico foi a tentativa de produzir energia elétrica e enviá-la a grandes distâncias com o uso de gerador de corrente contínua. Esse objetivo foi atingido com a adoção de geradores de corrente alternada.
Diante de exemplos como esses poderíamos perguntar: o que há nas hipóteses confirmadas pelas pesquisas, que as outras hipóteses mais ou menos mal-sucedidas, ou cujo sucesso se mostra muito trabalhoso, não possuem?
Poderia a filosofia espírita ajudar na formulação de hipóteses em certas ciências? Poderia colaborar com a Astrobiologia? Essa pergunta sugere o enriquecimento de fatores que dão origem a formulação dessas hipóteses e não a substituição de nenhum pressuposto pela filosofia espírita.
Sugerimos apenas outras alternativas para construção de hipóteses.
Peço aos amigos que estudam o Espiritismo para se pronunciarem sobre essa possibilidade.
Vamos tentar formular hipóteses com o auxílio do Espiritismo no campo da Astrobiologia.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Deus e o perispírito


Um amigo, ao comentar o artigo "Biogênese", postado nesse blog em 7 de setembro passado, escreveu:

"Olá Isolaquio, visitei o blog, (…) está em conformidade com quase tudo que já aprendi em cursos como ESDE e outros. Quase porque o último parágrafo para mim foi surpreendente pois julgava ser DEUS o "agente extra com capacidade de organizar a vida". Falta-me conhecimento para entender  o "perispírito ". Estimaria sua orientação e indicação de artigos ou fontes pertinentes, se possível. 

Tibério Novelino"

Minha resposta:

Amigo Tibério, é bem verdade que a Causa Primária de todas as coisas possui capacidade de organizar a vida. Não resta dúvida quanto a isso. Além do mais, Deus é a o criador de tudo o que existe. Observemos, sobre o assunto, a mensagem de um grande poeta lusitano:

Deus

Quem, senão Deus, criou obra tamanha,
O espaço e o tempo, as amplidões e as eras,
Onde se agitam turbilhões de esferas,
Que a luz, a excelsa luz, aquece e banha?

Quem, senão ele fez a esfinge estranha
No segredo inviolável das moneras,
No coração dos homens e das feras,
No coração do mar e da montanha?

Deus!... somente o Eterno, o Impenetrável,
Poderia criar o imensurável
E o Universo infinito criaria!...

Suprema paz, intérmina piedade,
E que habita na eterna claridade
Das torrentes da Luz e da Harmonia!

ANTERO DE QUENTAL (Espírito)

Do Livro Parnaso de Além Túmulo – Editado pela Federação Espírita Brasileira, psicografado por Francisco Cândido Xavier.

O que quis expressar no artigo a que você se refere é o modo como Deus atua, isto é, por meio das suas criaturas. Os espíritos são agentes da divindade em todo o Universo. Avanço ainda afirmando que, ao usar a palavra espíritos, refiro-me não somente a espírito humano, mas também ao princípio psíquico que anima os seres inferiores ao homem e que, com a evolução, humanizar-se-ão.

Em “O Livro dos Espíritos” encontramos:

540. Os Espíritos que exercem ação nos fenômenos da Natureza operam com conhecimento de causa, usando do livre-arbítrio, ou por efeito de instintivo ou irrefletido impulso?

“Uns sim, outros não. Estabeleçamos uma comparação. Considera essas miríades de animais que, pouco a pouco, fazem emergir do mar ilhas e arquipélagos. Julgas que não há aí um fim providencial e que essa transformação da superfície do globo não seja necessária à harmonia  geral? Entretanto, são animais de ínfima ordem que executam essas obras, provendo às suas necessidades e sem suspeitarem de que são instrumentos de Deus. Pois bem, do
mesmo modo, os Espíritos mais atrasados oferecem utilidade ao conjunto. Enquanto se ensaiam para a vida, antes que tenham plena consciência de seus atos e estejam no gozo pleno do livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos,
de que inconscientemente se constituem os agentes. Primeiramente, executam. Mais tarde, quando suas inteligências já houverem alcançado um certo desenvolvimento, ordenarão e dirigirão as coisas do mundo material. Depois,
poderão dirigir as do mundo moral. É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo.
Admirável lei de harmonia, que o vosso acanhado espírito ainda não pode apreender em seu conjunto!”
(O Livro dos Espíritos - tradução de Guillon Ribeiro - publicado pela Federação Espírita Brasileira)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

As melhores fotos astronômicas



Esta e outras fotografias astronômicas foram premiadas pelo Observatório Real de Greenwich.

Confira:

Fotos astronômicas premiadas.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

BIOGÊNESE

A vida é um fenômeno realmente fascinante. Analisemos os seres vivos, suas necessidades, seus instintos, os recursos que cada espécie desenvolve para sobreviver, para afirmar-se no mundo, para expandir sua prole....

A cada passo nos deparamos com instinto que revela soluções inteligentes, criativas e eficientes para facear grandes desafios do ambiente.

Da bactéria ao homem, os seres vivem uma imensa epopéia. As formas mais simples parecem emergir da matéria em meio a um ambiente hostil. Certamente as condições especiais do planeta há bilhões de anos atrás viabilizaram a formação de substâncias fundamentais para que a vida pudesse medrar.

A História do Planeta assistiu ao surgimento de seres progressivamente mais perfeitos e complexos. Parece ponto pacífico no meio científico que a essa sucessão progressiva indica que os seres mais evoluídos descendem dos menos evoluídos e que as forças que entram em jogo neste avanço são mutação e seleção natural.

Mas como ocorreram esses eventos? Que forças entraram em jogo no instante da formação do primeiro ser vivente? Como e de que foram formadas as primeiras bactérias? De onde vieram seus componentes? Como evoluíram, como surgiram os complexos equipamentos biológicos dos vegetais e animais superiores?

Algumas perguntas, porém nos afloram à mente:

a) Como pôde a matéria engendrar, espontaneamente seres organizados, se a tendência de tudo o que conhecemos é degradar-se? Além de estarmos de acordo que a estruturação da matéria não é natural sem a interferência de uma inteligência e de uma força estranha a essa matéria, a própria Ciência nos ensina que a tendência geral do Universo, material, é a degradação progressiva e inexorável.

b) Observa-se, em todo o Universo, fenômenos que, à primeira vista, abonam o pensamento que a matéria é capaz de auto-organizar-se; mas esse pensamento não encontra respaldo nas leis descobertas pela Ciência. Há uma física que nos mostra essa tendência de dispersão de energia, de degradação, de desorganização progressiva de tudo o que é matéria. Essa lei é conhecida como "Entropia" ou "Segunda lei da Termodinâmica".

c) Ao longo dos milhões de anos de evolução da vida, observam-se a ocorrências de extinções em massa, seguidas de uma regeneração dos seres vivos em patamares superiores da evolução. Ocorreram fenômenos que em determinados momentos da História do planeta extinguiram quase todos os seres vivos complexos da superfície terrestre, mas surpreendentemente, em vez de degradar, de reduzir a níveis mais baixos de estruturação, conferiram aos novos seres que surgiram, qualidades melhores e anteriormente desconhecidas.

Alguns investigadores procuram explicar a imensa complexidade dos seres vivos e suas funções, por meio de associações casuais da matéria.

A lógica e os fatos, porém nos levam a concluir que houve um agente extra material, dotado de maior ou menor grau de consciência e da capacidade de organizar a matéria viva. Esse agente nós designamos por perispírito.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

SISTEMA SOLAR SEMELHANTE AO NOSSO

Astronomos do Observatório Europeu do Sul descobrem sistema solar semelhante ao nosso há 127 anos-luz.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A Terra e a Vida.

A formação do mundo terrestre, segundo as mais confiáveis técnicas até hoje conhecidas, baseadas no ritmo de dissociação nuclear do Urânio e em sua transmutação em Chumbo, data de 4,54 bilhões de anos.

Entidades dedicadas ao estudo da Estratigrafia (ciência que estuda os estratos ou camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que as formaram. - Fonte: Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Estratigrafia), adotam a divisão de períodos geológicos em quatro éons (períodos que englobam eras):

a) Hadeano - entre o princípio de formação do Sistema Solar (a partir de 4,57 bilhões de anos) e o aparecimento das rochas na Terra;
b) Arqueano – com início em 3,85 bilhões atrás;
c) Proterozóico – entre 2,5 bilhões e 542 milhões de anos e
d) Fanerozóico – de 550 milhões de anos aos dias atuais.


Hadeano - Corresponde ao período que vai do início de formação dos planetas no sistema solar, até a formação das rochas na Terra. O termo foi cunhado pelo geólogo Preston Cloud e deriva da palavra grega "Hades", que quer dizer inferno.
Ausência quase completa de registros arqueológicos. Após relativo resfriamento, a atmosfera mostrava-se rica em dióxido de carbono, verificava-se, por isso, efeito estufa bem mais acentuado do que temos hoje, fato que compensava a menor luminosidade do Sol - 80% da luminosidade apresentada nos dias atuais.
Foram identificadas rochas cuja idade está estimada em 4,4 bilhões de anos. As investigações em torno do assunto revelaram que, ao longo do período Hadeano, a Terra atingiu um nível de resfriamento que tornou possível a presença de água líquida sobre sua superfície. Embora não haja evidências de vida (vida arcaica, bacteriana, porque vida complexa, pluricelular, não poderia haver dada a inexistência da camada de ozônio na atmosfera) pode-se supor que algumas espécies de seres primitivos procariontes (seres unicelulares desprovidos de núcleo,cujo material genético encontra-se disperso no citoplasma) poderiam ter existido naquela época.


Arqueano - As bactérias estão entre os seres cuja presença é evidenciada em registros que remontam há 3,8 bilhões de anos. Dentre as mais antigas citamos as cianobactérias, também chamadas de algas azuis. Pode-se encontrar microfósseis indicativos de tais seres no Arqueano.
O reino (também classificado como “domínio” – grupo que abrange reinos) "archea" surgiu na Terra há 3,5 bilhões de anos. Muitos dos representantes do Archea são extremófilos, ou seja, vivem em condições extremas: altas temperaturas, hipersalinidade, hiperacidez, fluxo radiotativo, etc. Por isso, adaptaram-se às condições de eras remotas sobre nosso planeta.
O conhecimento desses seres nos leva a supor que sobre planetas cujas condições não sejam as mesmas que as da Terra, podem viver seres semelhantes.


Proterozóico – Presença de muitos estratos geológicos. A acumulação de oxigênio iniciada durante o arqueano que situava-se em torno de 1 ou 2%, atingiu há 2 bilhões de anos atrás, concentração na atmosfera semelhante à de hoje, em consequencia, surgiram os primeiros eucariontes. Ocorreram eras de gelo, durante o Proterozóico.


Fanerozóico – Formação da camada de ozônio. Multiplicação dos eucariontes (grupo que engloba todos os seres unicelulares e pluricelulares possuidores de células providas de núcleos onde se concentra o correspondente material genético). Grande diversidade e evolução dos seres vivos. Ocorrências de extinções em massa e repovoamento de novas espécies em condições mais avançadas.

P.S. - A classificação dos seres vivos adotada neste artigo em três domínios: Bactéria, Archea e Eucariontes, é adotada por alguns escritores a exemplo de Chris Impey em seu livro "O Universo Vivo" publicado no Brasil pela Editora Larrousse e objetiva dar um tom pedagógico ao tema. Os principais investigadores (entre eles, em 1977, Carl Woese) baseiam-se nas  características do RNA ribossômico, mas não chegaram a um acordo sobre sistemas de classificação e ainda não catalogaram todos os reinos presentes na Natureza. O mesmo critério pedagógico foi adotado na classificação dos éons ou períodos geológicos, sem prejuízo do que é essencial para o estudo a que me proponho.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Evolução da vida

O recente aparecimento da Astrobiologia vem levando à reflexão sobre as possibilidades de vidas, em outros mundos, haverem seguido o mesmo caminho evolutivo observado em nosso planeta.
Busca-se identificar exoplanetas cujas características se assemelhem às da nossa Terra. Esferas cujas condições de volume, massa, temperatura sejam significativamente diferentes das que vivemos por aqui, são consideradas, para efeitos práticos, como inabitáveis. Em nosso acompanhamento das investigações científicas, nos limitaremos à supor que a vida que esperamos encontrar, seja semelhante à que conhecemos.
O Espiritismo ensina que há vida em mundos cujas características são diferentes das da Terra e por isso adaptável a ambientes também diferentes dos que viabilizam a vida qual a conhecemos.
Consideramos válidas as conclusões espíritas, mas nosso foco aqui é buscar pontos de convergência entre Espiritismo e Astrobiologia e não assimilação dos processos investigativos de uma disciplina por outra, o que não seria razoável, exceto se o fizéssemos sob métodos aceitáveis pela ciência receptora.
Por outro lado, vamos tomar a liberdade de sugerir afirmações espíritas como hipóteses viáveis à Astrobiologia sem que por isso, esteja sugerindo que esta abra mão de seu rigor investigativo.
Pretendemos inserir considerações acerca da vida como produto da atuação conjunta do espírito, do perispírito e da força vital sobre a matéria orgânica.
Para tanto, precisamos antes de tudo, lançar um olhar sobre as propriedades organizadoras do perispírito e sobre a evolução do planeta Terra ao longo dos seus bilhões de anos de existência.
Se a história do Universo e particularmente das estrelas nos fornecem uma explicação sobre a evolução dos elementos, a sequencia de eventos geológicos nos propiciará uma melhor compreensão da evolução da vida desde suas formas mais simples até à complexidade e beleza dos mamíferos entre os quais encontramos o homem.

domingo, 20 de junho de 2010

Morte das estrelas

Trata-se de um fenômeno titânico que envolve colossais quantidades de energia.

Há treze bilhões de anos, a matéria contida no Universo resumia-se, quase que absolutamente, aos gases Hidrogênio e Hélio. Com o passar do tempo, porções desses gases foram se concentrando aqui e ali. Essas aglomerações foram dotadas de grandes quantidades de energia. Surgiam as estrelas.

Durante a vida de uma estrela, entram em jogo duas forças contrárias que permanecem em equilíbrio: uma é derivada das fusões nucleares que ocorrem no centro da estrela, a outra é a força de gravidade.
As fusões nucleares tendem a expandir e a gravidade tende a contrair a estrela.

Inicialmente, no núcleo das estrelas, fornalhas de quase 15 milhões de graus, os átomos de hidrogênio se agitam e chocam-se com grande violência. Esses choques ocorrem com tamanha força que os núcleos dos hidrogênios se fundem, convertendo-se em hélio.

No caso do nosso Sol que é uma estrela anã, são fundidos aproximadamente setecentos milhões de toneladas de hidrogênio por segundo. Esse material se converte em algo em torno de seiscentos e noventa e cinco milhões de toneladas de Hélio. Durante essas reações, umas cinco milhões de toneladas de massa se transformam em energia. É uma grande quantidade de bombas H explodindo por segundo.

Tal é a origem das emissões energéticas em forma de luz e calor do astro rei. Sem essa energia nada em nosso mundo funcionaria, a vida, como a conhecemos seria impossível.

Um detalhe que impressiona é a manutenção do equilíbrio explosão versus gravidade durante bilhões de anos, em todos os pontos da estrela.

Nosso Sol mantém esse equilíbrio por mais ou menos cinco bilhões de anos e deve permanecer nessa condição por igual período.

O ser humano tenta aproveitar a energia das fusões nucleares mas não consegue produzi-la controladamente. Até o momento, o melhor que obtivemos foi controle de produção por frações de segundos, depois disso, tudo é simplesmente explosão.

Mas chega um belo dia em que o combustível original das estrelas, o hidrogênio se esgota e a força da gravidade prevalece. A estrela começa a se contrair. O núcleo, agora rico em hélio, recebe um grande aumento de pressão devida à contração da estrela. A temperatura sobe até 100 milhões de graus. Novas fusões nucleares se iniciam. O Hélio se converte em berilo, que fundido ao hélio se converte em carbono.

Nas estrelas maiores, as fusões prosseguem até ao ferro. Depois disso sob tensão gravitacional, as estrelas desabam enquanto o núcleo imensamente pressionado faz com que os elementos em seu interior se agitem de forma descomunal e a consequência é a explosão do núcleo. A massa em colapso choca-se violentamente com a onda esférica proveniente do interior. A temperatura atinge bilhões de graus. A estrela, durante alguns dias, emite mais energia do que o fez durante toda a sua existência. Outros elementos mais pesados do que o ferro são gerados.

Esse fenômeno se chama Supernova e pode durar algumas semanas. Se ocorrer nas proximidades de nossa galáxia, poderemos apreciar seu brilho em pleno dia.

A estrela morre; o Universo se enriquece com novos elementos. O Carbono está disponível para a formação da vida. O Silicio para formação dos planetas rochosos. As primeiras condições para o desenvolvimento da vida foram lançadas.

Veja imagem publicada pela UOL

domingo, 13 de junho de 2010

EM QUE PODE O ESPIRITISMO CONTRIBUIR COM A ASTROBIOLOGIA

De tudo o que foi dito neste blog, podemos concluir que o Espiritismo representa uma vasta síntese do conhecimento sobre a natureza e suas leis em todos os níveis, sobre a filosofia, a religião; essa grande síntese abarca imensa gama de fenômenos desde energéticos, materiais até ao nível moral. Essa grandiosa doutrina alcançou a proeza de reunir e harmonizar, em um corpo doutrinário, os principais ramos do conhecimento.

A partir dos seus conceitos, obtemos respostas a antigos problemas até então insolúveis. Após a morte de Allan Kardec, os fatos e as obras filosóficas têm agregado subsídios e confirmações cada vez mais veementes aos princípios espíritas.

Alguns afirmam equivocadamente que o Universo e todos os sistemas que lhe pertencem são obra de associações casuais. Que não se deve buscar o elemento primordial, que a vida é um privilégio da nossa Terra e ainda que não o fosse, na prática estamos desacompanhados de extra-terrestres, uma vez que não nos comunicamos com eles.

Quando afirmativas dessas partem de pessoas sem conhecimento, ainda se pode aceitar; mas quando partem de homens ilustres pelo saber, pelos trabalhos relevantes que produziram para o progresso da ciência, é injustificável.

Percebe-se com pouca reflexão que o móvel do progresso é essa crença na harmonia, nas leis, que se revelam por certas regularidades, por associações de fenômenos. Quando se observa os processos da natureza sempre buscando a otimização, pode-se afirmar que tudo isso tem uma lei, uma lógica. Por tráz disso tudo há um gestor inteligente e competentíssimo.

Dizer que o Universo foi produzido por forças cegas e baldas de inteligência é subtrair o principal mote da pesquisa científica. Equivale a dizer que não há lógica que não há leis. Mas o que é a ciência senão um conjunto de teorias que pretendem explicar e reproduzir as leis e os mecanismos da natureza? Foi por isso que o ser humano gerou o supra sumo da lógica (a Matemática) para entender os processos da natureza; e diga-se de passagem que quando a experimentação e a Matemática se associaram à Física foi que esta avançou mais rapidamente.

Tudo isto nos mostra que a Natureza foi construída e é gerida por um grande Matemático, Físico, Químico, Biólogo, Psicólogo da mais alta categoria e que o seu pensamento inscrito na Natureza ainda não foi totalmente compreendido por nós. Mas aquele Pensamento tem uma lógica.

Reflitamos que é essa crença, intuição ou como quiserem chamar, que conduz o investigador na busca da verdade. Aquele que busca a descoberta de um conhecimento novo para a Humanidade e os inventores, geralmente partem de uma certeza inexplicada do êxito de seu trabalho. Imaginem se esses trabalhadores do progresso forem repentinamente assaltados com a certeza de que não há propósitos no Universo, nem leis inteligentes, de que não há regularidade. Seus trabalhos, se não ficassem prejudicados arrefecer-se-íam significativamente.
Mas não é assim. Para alento dos heróis investigadores, dentre os quais alguns doam a vida o tempo o lazer, enviamos essa mensagem: Senhores pesquisadores podem continuar seus trabalhos; há lógica e leis desconhecidas nos fenômenos naturais, o Criador existe e é a Suprema Inteligência. Não desanimem com reflexões nihilistas que são equivocadas. A intuição que conduziu Galileu, Newton, Einstein e todos os que promoveram o progresso é derivada dessa certeza; de que há lógica, de que há leis; de que há Deus.

Por sua natureza mesma o Espiritismo conta com vários investigadores generalistas. A especialização extrema que se observa nos institutos de pesquisa, e que são limitadores das reflexões da Astrobiologia não estão presentes na pesquisa espírita.
De fato quando, nos primeiros anos da década de 1990, os astrônomos identificaram os exoplanetas, especulações sobre possibilidade de vida em outros mundos ganharam força. Para responder à pergunta: Há possibilidade de vida em outros planetas?, tivemos que agregar conhecimentos de diversas áreas, física, química, astronomia, biologia, filosofia, etc. Foi quando percebemos a grande dificuldade dos pesquisadores se aventurarem além dos estreitos limites de suas super-especializações. Aliás trabalhos produzidos por ultra especialistas é que tinham credibilidade no meio científico.

Temos agora o Espiritismo que se relaciona de modo competente com muitas ciências.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

METODOLOGIA DA PESQUISA ESPÍRITA – III

O Espiritismo é um conhecimento sistematizado que abrange leis descobertas a partir de fenômenos observáveis e outras leis que se referem a temas pertencentes aos ambientes espiritual e psicológico. É por essa razão que definimos o Espiritismo como ciência, filosofia e religião.
Nos artigos anteriores sobre metodologia, abordei os fenômenos psíquicos e suas interpretações.

Agora quero falar sobre os aspectos filosóficos e religiosos do Espiritismo e a metodologia que foi aplicada por Allan Kardec para formular seus princípios no campo doutrinário.
Parece-me claro que a abordagem filosófica é conseqüência imediata do objeto de estudo do Espiritismo. O estudo do espírito sobrevivente à morte abarca diretamente as questões com que a Filosofia vem se debatendo ao longo dos séculos sem fornecer respostas satisfatórias.
De onde viemos, para onde vamos, o que estamos fazendo neste mundo; onde a sabedoria de viver?

Os espíritos naturalmente, fornecem instruções sobre esses temas.
Muitas dessas instruções são convergentes com a lógica, com os fatos, com os ensinamentos da maior parte das mensagens mediúnicas. Outras são ilógicas, desmentidas pelos fatos e contrárias às instruções da maioria dos espíritos.

Allan Kardec observou que os espíritos são seres humanos sem corpo; percebeu que suas inteligências, sua moralidade, seu comportamento, são variáveis. Na Terra existem homens bons, honestos, cultos outros há que revelam maldade, desonestidade, pouco conhecimento, pouca instrução, etc. No mundo espiritual, da mesma forma encontram-se indivíduos de todos os graus de moralidade, de inteligência e de cultura. Por esta razão não se deve acreditar em uma afirmação apenas por originar-se de mensagem mediúnica. A primeira condição para que um princípio integre a Doutrina Espírita é a de ser lógica, sábia na mais legítima acepção do termo, inspirada na mais pura moral cristã e se disser respeito ao campo de estudos científicos, que esteja de acordo com os dados positivos da ciência.

Todos os ensinos provindos dos espíritos que fugirem, ainda que de leve, dessas características, devem ser sumariamente rejeitados. Ainda mesmo que se rejeite a verdade, por um equívoco bem intencionado. É preferível rejeitar cem verdades a adotar um erro em termos de construção do Espiritismo.
Dito isso, selecionadas as mensagens lógicas, moralizadoras, de boa qualidade, observa-se, ainda assim, algumas contradições nos ensinos espirituais.

Há abordagens que não são fáceis de julgar, temas ainda complexos para o nosso grau de esclarecimento. Nesses casos, quem será o juiz definitivo do que é bom, correto e que deve ser incorporado à Doutrina Espírita? Quem ousa? Quem pretende ser o detentor de tantos talentos? Allan Kardec não ousou a este ponto. O mestre do Espiritismo, exemplificou prudência. Quando um assunto ainda não está bem explorado, bem analisado; quando necessite de informações não disponíveis, conhecimentos não consolidados, ainda em discussão, é preciso observar muito, juntar os elementos, observar e observar...

Allan Kardec codificou o Espiritismo com base nos ensinos que representam o pensamento coletivo dos espíritos superiores, que representam uma tendência da opinião dos homens que investigam esses assuntos e em muitos casos, também que estejam de acordo com o senso comum; os homens possuem a intuição da verdade.

Assim se expressou Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo (Introdução – 123ª Edição FEB): “ Uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos: a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares”. –
Mais adiante na mesma valiosíssima obra (valiosíssima não somente sob o aspecto moral como geralmente é vista, mas também em termos filosóficos e epistemológicos), observa-se: “...se nem sempre os indivíduos apreciam a verdade, esta é apreciada sempre pelo bom senso das massas, constituindo isso mais um critério... Estai certos, igualmente, de que quando uma verdade tem de ser revelada aos homens, é, por assim dizer, comunicada instanteneamente a todos os grupos sérios, que dispõem de médiuns também sérios, e não a tais ou quais, com exclusão dos outros”. Erasto (espírito) (Cap XXI).


Outro referencial para abordagens filosóficas e religiosas no Espiritismo é Deus e seus atributos.

Na monumental obra "A Gênese", Allan Kardec, após discorrer sobre os atributos da divindade, refere-se a este último critério de pesquisa, nos seguintes termos:

" Tal o eixo sobre que repousa o edifício universal. Esse o farol cujos raios se estendem por sobre o Universo inteiro, única luz capaz de guiar o homem na pesquisa da
verdade. Orientando-se por essa luz, ele nunca se transviará. Se, portanto, o homem há errado tantas vezes, é unicamente por não ter seguido o roteiro que lhe estava indicado.

Tal também o critério infalível de todas as doutrinas filosóficas e religiosas. Para apreciá-las, dispõe o homem de uma medida rigorosamente exata nos atributos de Deus e pode afirmar a si mesmo que toda teoria, todo princípio, todo dogma, toda crença, toda prática que estiver em contradição com um só que seja desses atributos, que tenda não tanto a anulá-lo, mas simplesmente a diminuí-lo, não pode estar com a verdade. Em filosofia, em psicologia, em moral, em religião, só há
de verdadeiro o que não se afaste, nem um til, das qualidades essenciais da Divindade. A religião perfeita será aquela de cujos artigos de fé nenhum esteja em oposição àquelas qualidades; aquela cujos dogmas todos suportem a prova dessa verificação sem nada sofrerem." (46ª edição FEB).

Vamos nos guiar por estes ensinos.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Por que demoro a escrever

Rayssa, idéias e informações estão concentradas no cérebro, mas temo que se exteriorizem de modo desordenado e contribuam para causar confusão de idéias.
Como estou falando em nome do Espiritismo e pelo fato dessa doutrina abordar questões espirituais, ensino dos espíritos, etc, as pessoas tentem a acreditar que o Espiritismo apóia afirmações descabidas e anticientíficas somente porque os espíritos disseram. Esquecem-se de que os espíritos são nada mais nada menos do que os seres humanos sem o corpo; com suas virtudes, conhecimentos, defeitos e limitações.
A morte não concede um súbito conhecimento. A ciência, a compreensão das coisas precisam serem construídas na Terra como no Espaço. O Espiritismo precisa caminhar lado a lado com a Ciência.
Outro aspecto: é preciso compreender que os que lidam com a Ciência nem sempre sabem realmente o que demonstram saber. Muitas vezes os cientistas enunciam hipóteses explicativas e nós entendemos que se trata de descobertas e de posicionamento definitivo da Ciência.
Dizendo melhor, é preciso distinguir o que é lei da Natureza descoberta pela Ciência e opinião do cientista.
Por isso, demoro a colocar um artigo no blog. Às vezes demoro em distinguir uma idéia de uma descoberta. Para divulgar um artigo procuro verificar, se pelo menos dois cientistas dizem a mesma coisa com a mesma convicção.
O que observo é que um faz uma afirmação com grande segurança e outro apresenta razões que indicam tratar-se de uma suposição insuficiente para explicar os fatos.
Mas mesmo assim vou mandar algumas considerações novas sobre o que pude perceber da grande e maravilhosa ciência chamada Astrobiologia.

Grande abraço

Isoláquio

sábado, 1 de maio de 2010

METODOLOGIA DA PESQUISA ESPÍRITA – II

Dizia em artigo anterior que os fenômenos parapsíquicos caracterizam-se pela imprevisibilidade. Vamos refletir um pouco mais sobre isto.
Essa espontaneidade se por um lado parece dar aos fenômenos a característica de não científicos, por outro lado pode nos fornecer provas incontestes da natureza espiritual dos agentes. As informações inesperadas, muitas vezes desconhecidas dos médiuns, nos mostram que aqueles que partiram pelas portas da “morte” continuam vivos, que são capazes de nos observarem e consequentemente, saberem muito sobre nós.
Em outros termos, a impossibilidade de controlar os efeitos, a natureza inteligente das comunicações e a afirmação persistente (desde que Allan Kardec realizou as primeiras investigações até aos nossos dias, as inteligências comunicantes afirmam, na esmagadora maioria das vezes, que são espíritos de pessoas que já viveram na Terra), originada do próprio fenômeno, de que são os espíritos os responsáveis pelas ocorrências parapsíquicas, nos conduzem a concluir que os espíritos dos “mortos” são os provocadores dos fenômenos.
Em “O Livro dos Médiuns” (editado pela Federação Espírita Brasileira) de Allan Kardec, lemos que os fenômenos podem “produzirem-se espontaneamente, sem intervenção da vontade, até mesmo contra a vontade, pois que freqüentemente se tornam muito importunos.”
Ao nos depararmos com fenômenos dessa espécie, cumpre-nos “correr atrás”. É necessário ir ao encontro do fato para desvendá-lo. Algumas vezes atribuímos aos fantasmas, fenômenos de causas físicas como o vento, o calor, os ruídos de animais, etc. É assim que, quando percebermos algo parecido com atuações espirituais, devemos nos aproximar e tentar entender o que esteja acontecendo.
Se não identificarmos a causa de imediato, vamos redobrar as observações, anotar tudo com os maiores detalhes e precisão. Após as anotações, deve-se discutir com pessoas estudiosas do assunto e se possível, fazer novas observações. Essa é uma boa forma de aprender e descobrir.
Acontece, de outras vezes, que os fenômenos podem ser “provocados”. Melhor dizendo, mais apropriadas condições para a ocorrência desses fenômenos podem depender de nós.
Existem condições mais propícias para que os espíritos possam atuar; e atuar, digamos, com eficiência. O silêncio, a concentração, as boas disposições orgânicas e morais, a sugestão mental ou verbal, podem induzir ao transe.
Transe é uma situação particular do sistema nervoso do médium, do paranormal, ou como queiram chamar os intermediários dos espíritos. Essa situação é facilitadora da ação mediúnica.
O transe se caracteriza por uma espécie de torpor. O córtex cerebral experimenta uma inibição quase que completa. Há pessoas que nunca ouviram falar em Espiritismo e entram em transe com muita facilidade. Outras podem ser levadas a essa situação pela ação de um terceiro.
Quando as pessoas passam a entrar em transe regularmente, as observações tornam-se constantes. Podemos então formar um grande banco de informações, de material consistente que pode servir de base à construção de uma vasta ciência; da ciência psíquica, do Espiritismo.
Na verdade, esse vasto banco de informações já existe; o Espiritismo também já está com sua base formada e possui signficativo desenvolvimento. Compete-nos, portanto, conhecê-lo e continuar a coleta de relatos de fatos que venham a enriquecê-lo ainda mais. Cumpre-nos também acompanhar o surgimento e o desenvolvimento de todas as ciências que possam relacionar-se com ele. E finalmente, acolher todas as contribuições bem fundamentadas, lógicas, apoiadas em experiências concretas, venham das academias ou de fora delas.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Resumo e definição de Espiritismo

Uma boa pergunta que se pode fazer é: o que é o Espiritismo?
Não é difícil responder em duas páginas de papel A4. Corro o risco, entretanto, de ser incompleto.
Espiritismo é uma doutrina ao mesmo tempo filosófica e religiosa. É também uma ciência.
Parecem, à primeira vista, inconciliáveis as afirmações da ciência e da religião.
Mas, podemos afirmar, sem titubear, que o Espiritismo resolveu plenamente os conflitos entre a fé e a ciência.
Um possível resumo desta doutrina poderia ser:
1) Deus – é a inteligência suprema causa primária de todas as coisas. O Universo existe, logo tem uma causa. A inteligência com que foi concebido o Universo revela um autor inteligente. O acaso não poderia engendrar uma obra inteligente, um mecanismo harmônico.
a. Deus é único, onipotente, onisciente, soberanamente bom e justo, imutável, eterno, sem começo, sem fim.
b. Não é Deus de nenhuma religião. Existe porque o Universo existe. Não tem forma, está acima de tudo e seus atributos são infinitos.
c. Não é "o" infinito, está acima do infinito.
d. À medida que progredimos compreendemos melhor Deus.
2) Alma imortal – os seres humanos são dotados de uma alma que pré-existe e sobrevive à morte corporal. Essa alma é a sede da inteligência, dos sentimentos, das virtudes e dos vícios do homem. A alma é um foco de luz. Para nós não tem forma.
3) Perispírito – pode-se dizer que é o corpo do espírito, é o envoltório do espírito, constituído por um material cuja natureza está entre a da alma e a do corpo. Esse material, que Allan Kardec diz que é quintessenciado tem como princípio a energia primordial que formou tudo o que existe. Os corpos materiais e a energia são formados por essa energia primordial, que é conhecida no Espiritismo como fluido cósmico universal (fluido é uma forma de linguagem usada pelos físicos do século XIX para designar os fluidos propriamente ditos – líquidos, gases,etc e também a energia).Por meio do perispírito, o espírito, ou alma que é a mesma coisa, atua sobre o próprio corpo, quando encarnada (quando o ser humano está vivo) e, em combinação com as energias vitais dos médiuns, provoca os fenômenos mediúnicos (geralmente quando desencarnada).
4) Comunicabilidade dos Espíritos – Os espíritos, enquanto estão animando os seres humanos atuam sobre o corpo por meio do perispírito. Ao desencarnarem (quando os seres humanos morrem,) eles não perdem a capacidade de atuar sobre a matéria e, em conseqüência, de comunicar-se com os vivos. A única observação a ser feita, neste caso, é que eles combinam as energias espirituais de que são dotados, com as energias vitais dos médiuns para provocarem os fenômenos mediúnicos.
5) Existência de um mundo espiritual – quando os seres humanos morrem, suas almas vão para o espaço e formam coletividades. Eles reúnem energias e constroem moradias, escolas, hospitais, cidades, enfim.
6) Reencarnação – O espírito, após deixar seu corpo de carne, passa algum tempo no mundo espiritual estudando, aprendendo, trabalhando e planejando uma nova experiência no mundo físico. Quando entende que deve retornar à vida física por meio da encarnação em um corpo que se forma no ventre de sua futura mãe, e Deus permite, inicia o processo da reencarnação. Inicialmente o espírito une-se ao corpo em formação por meio de seu perispírito que assume o comando das funções vitais, da formação e desenvolvimento do embrião, do feto e do ser humano no meio terrestre. A encarnação é uma etapa de evolução. A evolução é a escada que conduz à perfeição, à virtude plena e ao pleno saber. Para atingir essa perfeição o espírito necessita de várias reencarnações. Por meio da reencarnação cumpre-se a justiça e a misericórdia de Deus.
7) Pluralidade dos mundos – quando o espírito atingiu a evolução que um mundo comporta, passa a reencarnar em mundos mais avançados moral e cientificamente. O Universo é cheio de vida – há humanidades espalhadas pelo cosmo. Algumas mais atrasadas do que nós; outras mais perfeitas. É assim que de vida em vida de mundo em mundo o espírito atinge a pureza, a sabedoria e a ciência universais, até não necessite mais habitar mundos materiais. Passa a ser servo direto de Deus. Recebe as ordens do Criador e executa-as no Universo inteiro.

A religião espírita é baseada nos ensinos de Jesus, com destaque para o Sermão da Montanha. A moral cristã – humildade, bondade, caridade, paciência, perdão, desprendimento dos bens terrestres, etc. Não há cerimônias, rituais, sacerdotes...
Pode-se dizer que é uma religião filosófica. É o culto do coração e do pensamento.

As afirmações filosóficas do Espiritismo, que dizem respeito à alma podem ser comprovadas experimentalmente, por intermédio da observação dos fenômemos psíquicos, parapsíquicos e mediúnicos.

Para fins da Astrobiologia, o Espiritismo, dentre outras contribuições, nos ensina que o surgimento, funcionamento, reprodução, destruição e evolução da vida, são fatos de que o espírito participa ativamente, com seu perispírito. No perispírito estão sediadas as leis fisiológicas, a memória e também as conquistas evolutivas de todos os indivíduos viventes.
Na verdade o mundo espiritual e o material interpenetram-se, agem um sobre o outro.
Assim, Deus, que é único, que criou os dois mundos, os fez de modo harmônico, com um objetivo final, com a mesma lógica, por isso, a ciência que estuda o mundo material não deve estar em contradição com a religião e vice-versa. Cada uma que faça seus estudos, independentemente, mas a boa lógica diz que as conclusões devem ser consentâneas, lógicas de acordo com a inteligência, a bondade e a sabedoria divinas.

Por isso nos ensina Allan Kardec em “A gênese”, 46ª edição FEB, Cap I, item 55 ou "Genesis" published by Spiritist Alliance for Books.

“Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará”.

domingo, 21 de março de 2010

METODOLOGIA DA PESQUISA ESPÍRITA-I

Há quem diga que mediunidade, Espiritismo e reencarnação são crendices populares. Eis aí um equívoco de fácil retificação.

Allan Kardec definiu o Espíritismo como “uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” – “O que é o Espiritismo?” - Preâmbulo - publicado pela Federação Espírita Brasileira.
A pesquisa das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo material envolvem a investigação de fenômenos provocados por inteligências dotadas de vontade e de liberdade. As sessões experimentais do Espiritismo diferem das experiências da Química, da Física, da Biologia, por terem, essas últimas, como objeto a matéria e a energia que podem ser submetidas a experiências muito mais facilmente controláveis. O Espiritismo estuda agentes dotados de inteligência, de vontade e de liberdade.

Acredita-se comumente que o conceito de "ciência" deve restringir-se ao conhecimento resultante de experiências que, repetidas sempre sob as mesmas condições, produzirão os mesmos efeitos.

Nas sessões espíritas somos defrontados com o imprevisível. O fenômeno espírítico não se submete aos mesmos controles aplicáveis às experiências de outras disciplinas.

O eminente parapsicólogo brasileiro, Hernani Guimarães Andrade, relaciona alguns fatores que “torna problemática a verificação da realidade dos sucessos da área da paranormalidade”, na página 18 do seu livro “Parapsicologia Experimental”, publicado pela Editora Pensamento. Esses fatores também são observáveis na experimentação espírita.
Eis alguns dos referidos fatores:
a) Raridade e fugacidade da ocorrência observável:
b) Dificuldade de repetir-se à vontade o fato:
c) O caráter de inesperado e imprevisível, o qual dificulta e complica o preparo do registro:
d) O aspecto inteligente e intencional de tais fenômenos, que muitas vezes burla o controle e a vigilância do observador:

Se o fenômeno aí está e não se submete ao rígido padrão de experimentação científica vigente, é porque tais padrões devem aperfeiçoar-se para abarcar os novos estudos, sem obviamente perderem o rigor da comprovação que a Ciência exige.
Allan Kardec, contornou magistralmente a dificuldade, observando que os fenômenos eram provocados por inteligências, uma vez que têm um caráter inteligente; foi possível, como ainda é, travar diálogos com os provocadores de tais ocorrências. As inteligências atuantes, diziam-se espíritos de seres humanos que habitaram a terra, forneciam informações que, em muitos casos se podiam comprovar, sem que os participantes das sessões tivessem conhecimento prévio daquelas informações.

Os espíritos combinam suas energias com as energias de pessoas especialmente dotadas, chamadas médiuns para provocarem os fenômenos aqui tratados.
Existe uma grande variedade de fenômenos mediúnicos. Conforme as características de cada médium, pode-se obter desde escrita mediúnica até materialização de espíritos.

Allan Kardec realizou extensos estudos sobre escrita mediúnica, também chamada psicografia, assim a dificuldade de registro, neste caso foi facilmente superada.

Relativamente as teorias, Kardec comparou as explicações emanadas próprios espíritos comunicantes com outras, levantadas por teóricos da época, e selecionou a mais racional, a que explicava melhor o conjunto dos fenômenos, ou seja a teoria emanada do próprio fenômeno (dos espíritos).
Repetiu inúmeras vezes as observações, colheu relatos originados de diversas partes do mundo e pode convalidar suas conclusões.

Após a publicação dos trabalhos de Allan Kardec, muitos outros pesquisadores aportaram suas contribuições ao desenvolvimento do Espiritismo.
Por exemplo, o competente filósofo italiano Ernesto Bozzano levou a cabo várias experiências e ao lado de muitas outras colhidas em variadas fontes, sempre confiáveis, publicou obras de inestimável valor sobre o tema.
Trabalhos semelhantes foram levados a efeito por Charles Richet, Gabriel Dellane, Gustave Geley, Alfred Russel Wallace, William Crookes, César Lombroso, Camille Flammarion, Arthur Conan Doyle, etc. Os mencionados investigadores, para quem ainda não sabe, são respeitados no campo da ciência e da literatura.

Mais recentemente, foram realizados estudos em pacientes clinicamente mortos, que demonstram as teorias do Espiritismo, pela doutora Elizabeth Kubler Ross, dos Estados Unidos.

O que podemos observar em termos de experiências, estudos e explicações apresentadas por grande número de pesquisadores é que o Espiritismo vem recebendo a chancela de destacadas personalidades do mundo científico.

Diante de tudo isso, afirmamos que o Espiritismo é uma Ciência que nos demonstrou a sobrevivência do espírito humano para além da morte e que a visão que nos fornece é derivada de fatos e não apenas de suposições ou crendices populares.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ocultação pelo Asteróide Varuna

Varuna é o nome de um deus da mitologia hindu; era arquiteto e ferreiro e por isso, para os hindus, possuía o conhecimento do infinito.
Varuna, conforme explicações do conhecido astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, é também o nome de um asteróide descoberto em novembro de 2000, pela equipe do Instituto de Astronomia de Honolulu, sob a chefia de David Jewitt.
O Varuna situa-se no Cinturão de Kuiper – uma concentração de asteróides, além de Netuno, entre 4,5 e 7 bilhões de quilômetros do Sol.
A descoberta do Varuna representa uma grave ameaça à condição de planeta atribuída a Plutão.
Certamente, o fato de ser recente, faz com que as características do asteróide – velocidade, volume, etc, não sejam muito conhecidas.
É por isso que a observação da ocultação de uma estrela pelo Varuna, realizada pelos nossos astrônomos de Recife, no município de Camalaú, é uma significativa contribuição para a Astronomia.
De fato, Aldemário Prazeres e Everaldo Faustino deslocaram-se para o semi-árido da Paraíba, acestaram um telescópio em direção ao ponto em que deveria ocorrer a ocultação e aguardaram.
O fenômeno durou vinte e oito segundos, conforme se lê no relatório disponível no site da Sociedade Astronômica - link no topo da página deste blog.
Note-se que ocultações de corpos celestes são reveladoras. Tamanho, forma, distância e velocidade dos astros são informações, dentre muitas outras, que podem ser obtidas por essa via.
O feito foi objeto de diversos registros elogiosos por astrônomos de várias partes do mundo.

Eis algumas mensagens de felicitações aos jovens astrônomos pernambucanos:

E-MAIL DO COORDENADOR DO ANO INTERNACIONAL DA ASTRONOMIA NO BRASIL E CONSELHEIRO DO ENAST:

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: IYA BRASIL Amateur
Data: 27 de fevereiro de 2010 11:11
Assunto: Re: Anexo nosso relatório final e corrigido sobre a rara Ocultação pelo asteroide Varuna
Para: Audemario Prazeres


Muito bom o seu relatório, Audemário. Parabéns a você e ao Everaldo !

Abs,
Tasso.

E-MAIL RECEBIDO DO ASTRONÔMO DO OBSERVATÓRIO DE PARIS - FRANÇA:

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Bruno Sicardy
Data: 22 de fevereiro de 2010 09:50
Assunto: Varuna: parabens!!
Para: Audemario Prazeres

Caros Audemario, Everaldo,

muito obrigado pelo relatorio,

isso eh um feito, sim! Sao os unicos humanos a ter visto uma ocultacao visual por um objeto trans-netuniano. De fato, eh a ocultacao por o planeta mais afastado jamais observado: 42.75 unidades astronomicas, o seja, 6400 milhoes de km da Terra!

eu queria ter mais detalhes da observacao, sera que a gente se ligue, me podem dar o seu no. de telefone?

tenho de imediato uma pergunta: voces tem o tempo UT absoluto do evento, alem do tempo relativo?

Abracos,

Bruno
E-MAIL RECEBIDO DO COORDENADOR DA LIGA IBEROAMERICANADA DE ASTRONOMIA NA ARGENTINA:

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Claudio Martinez
Data: 24 de fevereiro de 2010 21:08
Assunto: RE: Nosso relatório de SUCESSO observacional com a Ocultação por Varuna vem movimentando o "mundo astronômico".
Para: observacion Varuna occ

Audemario:

Felicitaciones por la exitosa observacion!!!. Y fue una ocultacion realmente larga en tu sitio.

Esperemos que todos los otros observadores hayan podido registrar algo tambien!!

Saludos

Claudio

Claudio Martinez
Director del ISCA (Instituto Superior de Ciencias Astronómicas).

Coordinador de la Sección Ocultaciones
Liga Iberoamericana de Astronomía
International Occultation Timing Association

www.ocultaciones.neositios.com
astronomico@gmail.com

E-MAIL RECEBIDO PELO ASTRONOMO OBSERVADOR TITULAR DO OBSERVATÓRIO NACIONAL NO RIO DE JANEIRO:

---------- Mensagem encaminhada ----------
De:
Data: 22 de fevereiro de 2010 01:39
Assunto: Re: Formulario para Relatorio de Observacao [ Ocultacao de Varuna 19/fev/2010 ]
Para: Audemario Prazeres
Prezados Audemário, Everaldo e demais observadores,

em nome do Grupo do Rio, responsável pela ocultação com Varuna no Brasil, agradeço a todos pelo trabalho realizado.

O trabalho de vocês foi de um valor inestimável, pois possibilitou que detectássemos, pelo que eu saiba pela primeira vez, uma ocultação de uma estrela por um objeto transnetuniano. Desta forma, pela primeira vez poderemos conhecer precisamente o tamanho de um destes objetos, dado esse que associado a outros permitirá esclarecer muitos dos segredos destes objetos distantes.

Observem que a detecção, como no caso do Audemário e do Everaldo é um fato maravilhoso, mas a não detecção é extremamente importante, pois ela permite que cerquemos o problema, às vezes de forma determinante. Por outro lado, para os que tiveram céu fechado, é importante lembrar que isso faz parte da vida do astrônomo. Por isso, solicito a todos que mandem para o Felipe o relatório de observação mesmo se o resultado foi negativo (não houve detecção) ou se tiveram céu fechado.

Gostaria de chamar a atenção para o trabalho exemplar realizado pelo Audemário e Everaldo, que como fica claro pelo relatório que enviaram, souberam tomar as decisões certas, perseguindo as condições favoráveis para as observações. Sem estas decisões, possivelmente não teriam obtido o resultado relatado que será fundamental para levar a uma conclusão do trabalho de medida do diâmetro de Varuna. O trabalho de vocês é um exemplo para astrônomos profissionais e amadores.

Aproveito a oportunidade para informar a todos que este evento, apesar de raro não é isolado e que pretendemos nos organizar com todos vocês para futuras observações deste tipo.

Manteremos a todos, que observaram a ocultação com Varuna, informados da evolução do trabalho decorrente destas observações.

Um grande abraço a todos,

Roberto Vieira Martins
Pesquisador Titular do Observatório Nacional/MCT
Pesquisador Associado do Observatório de Paris


E-MAIL RECEBIDO DO PRESIDENTE DO CASB - CLUBE DE ASTRONOMIA DE BRASÍLIA:


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Cristovao Jacques
Data: 24 de fevereiro de 2010 09:55
Assunto: Res: Formulario para Relatorio de Observacao [ Ocultacao de Varuna 19/fev/2010 ]
Para: Audemario Prazeres

Prezado Audemário,

Quero parabenizá-lo pelo fantastico registro visual da ocultação de Varuna. Parabéns.

Abs,
Cristóvão

E-MAIL RECEBIDO PELO SEASE E PLANETÁRIO DE SERGIPE:

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: cesaraju
Data: 25 de fevereiro de 2010 11:12
Assunto: CCTECA e SEASE- Ocultacao de Varuna -parabéns
Para: audemario@gmail.com

Olá caros amigos Audemário e Faustino,

Representando o planetário da CCTECA-Casa de Ciência e Tecnologia da Cidade de Aracaju e a SEASE - Sociedade de Estudos Astronômicos de Sergipe gostariamos de expressar os nossos parabéns aos colegas pelo importante feito para a astronomia, a saber a ocultação de uma estrela pelo objeto transnetuniano -Varuna.Este importante resultado mais uma vez confirma o excelente desenvolvimento da astronomia na região nordeste como ficou demonstrado através dos trabalhos de Alagoas e Ceará durante a realização do IYA2009 e reforça o importatnte papel da astronomia amadora no cenário nacional e internacional. Parabéns !!!


Saudações astronômicas,
Prof. Augusto Cesar Silva Almeida
Diretor da CCTECA (Planetário de Aracaju) e coordenador geral da SEASE
E-MAIL RECEBIDO DA RENOMADA RANSZ NA AUSTRÁLIA/NOVA ZELÂNDIA:
---------- Forwarded message ----------
From: John Talbot
Date: 2010/2/25
Subject: RE: Occultation Varuna Success in Brazil
To: Audemario Prazeres
Hi Andemario,
CONGRATULATIONS on a successful observation!

I have extracted your data into the standard Excel format that we use for
asteroidal occultations and filled in most of the fields.
Can you check that I have things correct and also try to fill in the grey
cells that are blank.
Then save the file and send it to Brad Timerson who is the co-ordinator for
the Americas.

I am also attaching a copy of the Brazil Portuguese version of the Lunar
occultations form that Breno helped translate.
If you plan to do more asteroidal observations (and I am sure you will be
keen now you have done one) then it may be worth us doing the same for the
asteroidal form.
I am happy to work with you and Breno to make that work if you think it a
good idea.

Regards

John Talbot
RASNZ Occultation co-ordinator for Australia and New Zealand
3 Hughes Street
Waikanae Beach, Kapiti Coast, 5036, New Zealand
Long 175 01 57.3 E Lat 40 51 20.1 S
Phone: +64 4 293 4620
Mailto:

E-MAIL RECEBIDO PELO PRESIDENTE DA IOTA, A MAIS CREDENCIADA INSTITUIÇÃO DO MUNDO EM OCULTAÇÕES ASTRONÔMICAS:

---------- Forwarded message ----------
From: David Dunham
Date: 2010/2/25
Subject: Re: Occultation Varuna Success in Brazil
To: Audemario Prazeres

Dear Professor Audemario Prazeres:

And resending one more time, to correct a spelling error
in my last message.

___________

Many thanks for this important observation since this is only
the 2nd successful observation of an occultation by a trans-Neptunian
object other than Pluto/Charon. Your observed duration of 28s can
be compared with the predicted central duration of 48s for a
diameter of 900 km, indicating that either you were relatively close
to the northern or southern limit of the occultation, or that Varuna
is significantly smaller than predicted. Analysis with observations
from other locations should provide at least an approximate size and
shape, very important information for this distant object. In any
case, this (like last October 9th's occultation by 2002 TX300)
vindicates MIT's predictions for these events, making it worthwhile
to travel for these events when similarly accurate predictions are
available. I have some questions about your coordinates, see below.
Congratulations, and thanks again for sharing this important
observation with us.

E-MAIL DO PHD ASTRONOMO JAN MANEK DA REPUBLICA TCHECA:

---------- Forwarded message ----------
From: Jan Manek
Date: 2010/2/24
Subject: Re: The state of Pernambuco - BRASIL, will also record the Occultation Varuna
To: Audemario Prazeres

Many thanks for your report and congratulations to your success !

Best regards, Jan Manek

E-MAIL RECEBIDO PELO CIENTISTA DO MIT NOS ESTADOS UNIDOS:

---------- Forwarded message ----------
From: Carlos Andres Zuluaga
Date: 2010/2/23
Subject: Re: The state of Pernambuco - BRASIL, will also record the Occultation Varuna
To: Audemario Prazeres


Hello Audemario,
Congratulations on observing the occultation!!!!
Michael will contact you as we would like to see the recording. If you have any
questions also feel free to contact me.
Thank you and congratulations!!

Carlos

OUTRO E-MAIL DO ROBERTO MARTINS DO OBSERVATÓRIO NACIONAL:


---------- Mensagem encaminhada ----------
De:
Data: 22 de fevereiro de 2010 20:59
Assunto: Re: Formulario para Relatorio de Observacao [ Ocultacao de Varuna 19/fev/2010 ]
Para: Audemario Prazeres


Prezado Audemario,
sera um prazer sempre contar com voces.
Gostaria demais que muitos dos meus colegas, considerados
astronomos profissionais, tivessem a competencia, seriedade
e dedicacao que voces mostraram neste evento. Acho que o cerne
da questao esta, como voce disse, em AMAR o que faz.
Um grande abraco,
Roberto.

E-MAIL DO MAIS RENOMANDO (NA ATUALIDADE) EM OCULTAÇÕES NO MUNDO:

---------- Forwarded message ----------
From: Bruce Berger
Date: 2010/2/22
Subject: Thank you for your Varuna Occultation Report
To: audemario@gmail.com,
Cc: Breno Loureiro Giacchini

Hello Audemario and Everaldo,
Thank you for your report on the Varuna Occultation. I have used Google to translate the document sent to me by Breno Giacchini. Here is what I have interpreted. Can you please verify this information before I send it to MIT?
Olá Audemario e Everaldo,

Obrigado por seu relatório sobre a ocultação Varuna. Eu usei o Google para traduzir o documento enviado a mim por Breno Giacchini. Aqui está o que eu tenho interpretado. Pode por favor verificar esta informação antes de enviá-lo para o MIT?

Latitude: S 07 ° 54,496', Longitude: W 036 ° 45,685', Altitude: 509.140 (m)
Telescope: Celestron C-8 SCT
Observation: Visual. Recorded Voice "FOI" (for disappearance) and "FOI, FOI" (for reappearance) using webcam aimed at the PC Clock.
"D" (start of occultation) 1:29
"R" (end of occultation) 1:57
What time does 1:29 and 1:57 reference? Was this 20:01:29 and 20:01:57? How accurate was time displayed on the PC clock?
O tempo de referência é 1:29 e 1:57? Esteve presente 20:01:29 e 20:01:57? Como exato momento foi exibido no relógio do PC?
Obrigado!
Bruce Berger
Chelmsford, Massachusetts USA
+1 978 387 4189
E-MAIL DO DIRETOR DO OBSERVATÓRIO DO URUGUAI:
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Gerardo Addiego
Data: 24 de fevereiro de 2010 22:04
Assunto: Re: Relatório de SUCESSO observacional da Ocultação por Asteroide Transneturiano Varuna em 19-02
Para: Audemario Prazeres ,

Desde Uruguay, felicitaciones a ambos:
1) Por una observación exitosa, muy rara de lograr
2) Por la perseverancia en superar los obstáculos
3) Por el excelente formato del reporte, ejemplo sin dudas de un trabajo COMPLETO.

Gerardo Addiego.

E-MAIL RECEBIDO PELO PRESIDENTE DO CEAAL DE ALAGOAS:

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Adriano Aubert
Data: 25 de fevereiro de 2010 10:45
Assunto: Re: Nosso relatório de SUCESSO observacional em anexo vem repercutindo no mundo.
Para: audemario@gmail.com

Caro Audemário,

acabei de ler o relato sobre a ocultação da estrela por Varuna, ficou excelente,parabéns.
Um trabalho primoroso e que deve ser tomado como exemplo. Em nome do CEAAL gostaria de parabenizar a equipe da SAR e AAP pelo excelente trabalho.

Abraço.

Adriano Aubert

www.ceaal.org.br
Maceio-AL-Brasil

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Qual a possibilidade de vida em outros planetas?

O professor Brian W Stewar, da University of Pittsburgh, em Janeiro de 2002, respondeu à questão, “Qual a possibilidade de haver vida em outros planetas?”, conforme exposto no site da Nasa(link - http://astrobiology.nasa.gov/ask-an-astrobiologist/question/?id=53, "What is the possibility of life other planets?"). Produzi a tradução abaixo, para a qual solicito a opinião dos amigos:
Qual a possibilidade de haver vida em outros planetas?
Para haver vida, como a conhecemos, em um dado planeta, os cientistas acreditam que o planeta considerado deve ser suficientemente quente, no mínimo, para conter água líquida, mas não tão quente que a totalidade da água existente no planeta converta-se em vapor. Esse parece ser o caso, por exemplo, de Vênus. É necessário também que o planeta contenha determinados elementos, como carbono e nitrogênio, que são componentes indispensáveis à vida celular. Além disso, o ambiente deve ser suficientemente tranqüilo, estável, para que a vida possa desenvolver-se. Entretanto, os planetas, em alguns sistemas solares, devem ser tão frequentemente atingidos por meteoritos gigantes, provocando ebulição ou evaporação da água, que a vida não tem possibilidade de se formar ali. A Terra possui condições muito especiais para a formação e desenvolvimento da vida. Sabemos que, em nosso sistema solar, Marte possuía, há muito tempo, água sob forma de gelo, em sua superfície. Isso dá margem à existência de certas formas de vida primitiva semelhantes à das bactérias. Há cientistas que debatem se um meteorito proveniente de Marte, ALH84001, apresenta sinais de que o planeta vermelho abrigava vida em tempos remotos. Europa, um dos satélites naturais (luas) de Júpiter, por possuir águas líquidas profundas, abaixo de sua superfície, poderia abrigar formas primitivas de vida.
Há também, grande possibilidade de que planetas, fora do nosso sistema solar, possuam condições necessárias à vida. Nossa galáxia, a Via Láctea, contém no mínimo duzentos bilhões de estrelas, e observações recentes com potentíssimos telescópios, fazem crer que muitas estrelas observáveis no céu à noite, possuem planetas que giram em torno delas. Há uma equação famosa, chamada de Equação de Drake, que tenta calcular quantas estrelas possuem planetas girando em torno delas, que fornecem condições adequadas para o desenvolvimento da vida. Os resultados sugerem que a existência de vida é muito provável na nossa galáxia ou em algumas entre bilhões de outras galáxias no Universo. Os cientistas trabalham dedicadamente para identificar planetas semelhantes a Terra orbitando outras estrelas. Os cientistas também procuram entender as condições sob as quais a vida se formou e desenvolveu primitivamente na Terra.