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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Um fato demonstrativo da sobrevivência do CFV após a morte do corpo


O espírito e a amante

Relatarei abaixo, um fato probante da sobrevivência do espírito após a morte que me foi relatado por pessoa de inteira confiança e que esteve presente a todo o desenrolar dos acontecimentos. O fato, portanto é real mas os nomes dos personagens são fictícios para preservar a intimidade dos participantes.

Estivemos com Frederico da Fraternidade Espírita no dia 8 de Abril de 2017.

Contava-nos ele que uma pessoa, que vamos nomear por Jerônimo, um cunhado do Frederico, que conservava com grande cuidado um automóvel de marca Corcel 1. Jerônimo era casado, mas mantinha um relacionamento extraconjugal, do qual nasceram alguns filhos.

Após algum tempo, Jerônimo faleceu. Ao enterro dele compareceram a esposa, a amante, que vamos chamar de Josélia, e entre elas houve, naquela ocasião, algumas discussões.

Tempos depois, a esposa de Frederico que é médium, estava com ele em casa e disse-lhe: Frederico, Jerônimo (espírito) está aqui e deseja falar.

O Frederico fez uma oração pedindo permissão a Deus para comunicar-se com um espírito que, em seguida, manifestou-se.

Dizia estar sofrendo muito e muito preocupado por a Josélia e os filhos dela encontrarem-se passando necessidades; a esposa estava com uma vida digna e tranquila uma vez que ele havia deixado pensão para ela.

Disse o espírito: lembra-te daquele meu carro? do Corcel 1? acima do protetor de cárter há uma caixinha metálica soldada; dentro da caixa está um cartão com o número de uma conta bancária e senha. Além disso, também dentro da caixa soldada ao protetor de cárter, encontra-se uma chave de um cofre que mantenho no banco tal, na agencia tal.

Frederico foi até a casa da viúva de Jerônimo no dia seguinte e perguntou pelo Corcel 1. A viúva comunicou que havia vendido o carro. Frederico obteve nome e contato do comprador; tentou localizá-lo e descobriu que o cidadão morava em João Pessoa distante 120 km do local onde ele estava. Descobriu a residência do comprador, dirigiu-se para lá onde encontrou a esposa do novo proprietário e perguntou pelo Corcel. A interpelada informou que o automóvel estava numa oficina próxima indicando-a.

Frederico na oficina, solicitou ao responsável para dar uma olhada no protetor de cárter. Constatou exatamente o que o espírito havia dito: havia um cartão com o número da conta, senha e uma chave.

De posse desses objetos Frederico esteve no banco. Havia R$ 170.000,00 em aplicações financeiras e joias que teriam valor de mercado em torno de R$ 60.000.

Frederico comunicou à Josélia e entregou-lhe os recursos. Ela adquiriu casas que alugou donde passou a viver, até aos dias de hoje.

Passados anos da ocorrência, a senhora Josélia ainda sobrevive com produtos dos aluguéis das casas adquiridas com recurso depositados.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Ectoplasmia - Nepentes

Episódio clássico de materialização na literatura metapsíquica é o da celestial “Nepentes”, fantasma que se apresentou durante uma série especial de experiências com a mediunidade de Mrs. D' Esperance.

Em uma das sessões, produziu-se um incidente que se constitui em importantíssima evidência da independência e preexistência do Campo de Forças Vitais - CFV, bem como por este se constituir no elemento responsável pela estruturação, regulação e funcionamento das formas vivas.

No âmbito da Astrobiologia, interessa-nos particularmente a propriedade morfogenética do CFV, evidenciada neste episódio, porque vem em apoio à hipótese de que o surgimento e mesmo a dinâmica atual da vida só são possíveis graças à interferência de um elemento (CFV) presente em um espaço de pelo menos quatro dimensões.

O ser transdimensional que afirmava ter vivido na época heroica da Grécia antiga, escreveu, de
próprio punho, uma mensagem em grego antigo, no caderno de notas de um dos experimentadores. A circunstância de todos os presentes ignorarem a língua grega antiga aumenta, de muito, o valor teórico desse incidente.

Embora Ernesto Bozzano que nos informa sobre tais fatos não mencione, sempre que recordo o episódio sob comentário, vem à mente uma belíssima figura feminina trajada à moda grega clássica.

Eis extrato do o relato contido no livro Xenoglossia, do grande psiquista italiano:

"Todos conhecem as origens dessas sessões célebres. Um grupo de experimentadores noruegueses, entre os quais havia professores de Universidades, médicos, literatos, magistrados e pastores luteranos, com o fito de determinarem até que ponto as condições de preparo físico dos experimentadores influem favoravelmente sobre a produção dos fenômenos, deliberaram abster-se por seis meses de toda bebida alcoólica, do fumo, de drogas, para, ao cabo do terceiro mês, realizarem uma série de doze sessões, às quais não seriam admitidas pessoas estranhas, comprometendo-se os que haviam de a elas assistir a comparecer ininterruptamente. No grupo, que se
compunha de uma trintena de pessoas, os dois sexos se achavam representados
em partes iguais.

A forma materializada de “Nepentes” foi das primeiras a manifestar-se e continuou a fazê-lo em quase todas as sessões. Era uma forma de mulher belíssima; mostrava-se, à claridade de uma luz, simultaneamente aos experimentadores e a médium, que se conservava desperta e fora do gabinete,
entre aqueles; materializava-se em meio do círculo e se submetia a todos os desejos dos presentes, ora prestando-se a ser fotografada, ora a escrever no canhenho de algum dos assistentes, ora a fornecer o modelo da própria mão, imergindo-a em parafina líquida.

Este último episódio se acha assim descrito no livro Harper Luften:

“Imensa e ansiosa era a expectativa. Conseguirá? Não conseguirá? Em tal estado nós achávamos, que a médium o percebeu e recomendou: “Não me falem; tenho que estar quieta; procurem todos se manter calmos e tranquilos.”

Por alguns minutos mais, na obscuridade das cortinas, continuou o leve rumor da mão que mergulhava no líquido e dele emergia, enquanto nós outros víamos claramente a forma branca do fantasma, curvada sobre o recipiente.

Por fim, “Nepentes” se ergueu, encaminhou-se para onde estávamos... e olhou em derredor, até descobrir Herr E. que se achava sentado, semi-oculto, por trás de outro espectador. Dirigiu-se a ele, suspensa no ar, e lhe entregou um objeto.

“Entregou-me um pedaço de cera” - exclamou Herr E. Logo, porém, retificou:
“Não; é o molde de sua mão, cobrindo-a até ao pulso. A mão se dissolve dentro do molde”. - Ainda não acabara de falar e já a forma volvia calmamente para o gabinete. - Afinal, obtivera-se o tão desejado fenômeno.

Finda a sessão, procedeu-se ao exame do molde. Pelo exterior, era informe, grumoso e constituído de muitas camadas sobrepostas de parafina; mas, pela estreita abertura do pulso, percebia-se, no interior, a figura de todos os dedos de uma pequenina mão. - No dia seguinte, levamo-la a um modelador
profissional (um certo Almiri), para que dali tirasse o modelo. Ele e os seus operários se puseram a olhar atônitos para o molde, pelo reconhecerem que uma mão humana, depois de o haver produzido, não poderia retirar-se dele.

Acabaram por chamar-lhe obra de bruxaria. Quando o modelo ficou pronto, tivemos diante dos olhos uma mão pequenina, mas completa até ao pulso, na qual se destacavam perfeitamente as unhas e se desenhavam às linhas mais finas das juntas, das articulações e da palma. Os dedos afilados e
admiravelmente conformados foram o que mais espantou o artista e o convenceu da origem supranormal do molde, sobretudo porque se apresentavam recurvos, de maneira a tornar impossível que uma mão humana dali se retirasse.”

Neste outro tópico, vem descrito o modo por que “Nepentes” se desmaterializava dentro do círculo dos experimentadores:

”...Ela se colocava entre nós e ia inclinando lentamente a cabeça, onde reluzia o habitual diadema. Em poucos minutos, sem que se percebesse o mais leve ruído, a sobre-humana, a espiritual “Nepentes”, tão bela, tão real, tão viva, se convertia numa nuvenzinha nunca maior do que uma cabeça humana, onde continuava a brilhar o diadema. Em seguida, aquela luminosidade se
enfraquecia, o diadema se dissolvia e desaparecia. Estava tudo acabado.” Pareceu-me necessária à transcrição desses trechos, para ministrar aos leitores dados bastantes a convencê-los da seriedade e da incontestável genuinidade das experiências em questão. Volto-me agora para o episódio que
nos interessa e que ai acha descrito nestes termos, no livro citado:

”Nepentes” se apresentou mais bela do que nunca. Com toda a admiração e todo o respeito que consagro às amáveis e gentis senhoras das minhas relações, não posso deixar de repetir que meu olhos jamais viram um ser comparável a tão sublime criatura - mulher, fada, deusa, fosse o que fosse - e, afirmando isto, faço-me intérprete da admiração de todos. Dando com Herr E., curvado sobre o seu calepino, a tomar notas, ela se deteve a contemplá-lo.

Herr E. lhe pediu então que escrevesse para ele uma frase e lhe ofereceu o calepino e o lápis, que ela aceitou. Ele se levantou e postado por detrás dela ficou observando. Estavam ambos ao lado da médium, porém um pouco para trás desta. Nós outros contemplávamos, em ansiosa expectativa, aquele grupo de três pessoas. - “Ela está escrevendo” - anunciou Herr E. - Víamos as suas
cabeças curvadas sobre os dedos que escreviam e cujos movimentos distintamente se notavam, Pouco depois, o calepino e o lápis foram restituídos a Herr E. que se sentou triunfante. Examinando as páginas escritas, vimos cobertas de caracteres gregos, traçados com muita clareza, mas ininteligíveis
para todos os presentes. No dia imediato, fizemos fossem traduzidos do grego antigo para o grego moderno e deste para a nossa língua. Eis o que continham:

“Sou “Nepentes”, amiga tua. Quando te achares oprimido por excessiva dor, invoca-me a mim, “Nepentes”, e eu prontamente acorrerei a lenir as penas.” - Feliz mortal. dizíamos todos intimamente, congratulando-nos com ele.